O soquete de impacto é uma das ferramentas mais complexas de se fabricar, pois exige mais processos do que as demais ferramentas. Já vimos em conteúdos anteriores que qualquer ferramenta IFLA passa por rigorosos processos de qualidade.
O que comprova isso é a sua durabilidade e resistência comparada as demais ferramentas existentes no mercado, sem contar que já são mais de 45 anos de experiência. Dessa vez vamos explicar o passo a passo dos processos de fabricação dos soquetes de impacto, ferramenta muito utilizada por quase todos segmentos industriais.
A IFLA fabrica soquetes de impacto que vão desde o encaixe de ¼” até 2.1/2” e com as mais variadas medidas de sextavado, estriado e surface. A matéria prima é um aço especial que vem em formato cilíndrico, que é cortado conforme tamanho e medida do soquete a ser fabricado.
A quantidade de processos de fabricação de um soquete de impacto pode variar conforme seu encaixe quadrado interno. Soquetes com encaixe de ¼”, 3/8 e ½” passam por 9 processos, já os soquetes de ¾” e 1” passam por 10 processos.
Veja abaixo os processos de fabricação do soquete de impacto
Todos os processos que vamos listar abaixo fazem parte dos métodos de fabricação dos soquetes de impacto da IFLA. Cada indústria possui o seu processo definido, podendo ter variações na qualidade e durabilidade, que pode impactar tanto de forma positiva quanto negativa. Não existe um processo padrão para a fabricação de soquetes, mas existem etapas durante a fabricação que são fundamentais para garantir a robustez do produto.
1º Passo: Preparação
Durante esse processo como o próprio nome diz, consiste em preparar a matéria prima que virá a se tornar o soquete de impacto. A barra de aço é cortada no comprimento desejado e passa por duas etapas: Usinagem interna e faceamento. Na usinagem interna é realizada uma pré furação conforme a medida que será forjada e um faceamento na peça para chegar na medida exata final.
2º Passo: Forja
O forjamento pode ser feito de duas formas, frio ou quente. No forjamento a frio o aço é forjado em temperatura ambiente e no forjamento a quente a temperatura pode variar de 500°C a 750°C. O que irá definir a temperatura a ser utilizada no forjamento será o volume do aço. Todos os quadrados internos e estriados internos são forjados a quente. Já os sextavados até 24mm são forjados a frio e medidas superiores a 24mm são forjados a quente.
Falamos lá no início que os processos de fabricação podem variar entre 9 a 10 etapas, e é a partir da forja que entra essa etapa adicional. Os soquetes de impacto com encaixe de ¾” e 1″ vão para o processo de recozimento antes de partirem para a usinagem. Devido serem soquetes mais robustos, necessitam passar pelo forno novamente para que possam baixar a sua dureza. Assim com a sua dureza mais baixa, o processo de usinagem se torna menos trabalhoso. Os soquetes com encaixe de ¼”, 3/8″ e ½” passam direto da forja para a etapa de usinagem. Lembrando que todo esse processo de forjamento é realizado por um equipamento que se chama Prensa Exêntrica.
3º Passo: Usinagem
Aqui o soquete irá tomar a sua forma final, onde irá receber o friso e o rebaixo conforme a medida do soquete de impacto. Podemos ver abaixo uma imagem mostrando o antes e o depois.
4º Passo: Acabamento
No processo de acabamento o soquete de impacto recebe a furação para fixação do imã (no caso de soquetes magnéticos), chanfro do quadrado interno e externo e chanfro do sextavado interno e externo. Para finalizar essa etapa é retirado todo e qualquer tipo de rebarba que possa ter ficado entre uma etapa e outra. Tendo isso tudo concluído, o soquete então é liberado para a nova etapa do seu processo de fabricação.
5º Passo: Furação
Já lemos em várias etapas dos processos de fabricação a palavra “furação”, porém aqui esse termo é utilizado para a furação do soquete na parte inferior. Aqui é realizado um furo no sentido transversal do soquete na extremidade onde se encontra o encaixe quadrado interno da peça. A função desse furo no soquete é para que possa ser colocado o pino de segurança no momento de operação da ferramenta. Essa etapa é muito importante, pois é o que irá garantir maior segurança da ferramenta.
6º Passo: Carimbo
Nesse processo da fabricação a ferramenta irá receber a gravação com sua respectiva medida e nome do fabricante (IFLA).
7º Passo: Tratamento Térmico de Têmpera
Têmpera é um processo de tratamento térmico do aço para aumentar a dureza e a resistência. A têmpera tem duas etapas: aquecimento e esfriamento rápido. O aquecimento tem como objetivo obter a organização dos cristais do metal, numa fase chamada austenitização. O esfriamento brusco visa obter a estrutura martensita.
Na têmpera o aquecimento é superior à temperatura, que é de 700°C. O objetivo é conduzir o aço a uma fase, na qual se obtém o melhor arranjo possível dos cristais do aço, para obter a futura dureza. Depois dessa fase o aço pode ser submetido a outras fases, dependendo das necessidades. Cada aço tem sua composição, a temperatura varia de aço para aço.
A têmpera é obtida em temperaturas diferentes, o que depende da composição do aço da peça e dos seus objetivos. Portanto, a têmpera de uma dada peça leva em consideração muitos fatores.
O próprio tempo de exposição da peça na temperatura de austenitização é considerado quando se faz a sua têmpera. Cada aço tem uma temperatura de austenitização, e que é aquela que proporciona o máximo de dureza. Essa temperatura é obtida dentro de fornos, os quais podem ser por chama ou por indução elétrica. Dependendo das exigências do cliente, a austenitização, e consequentemente a têmpera, vai ocorrer apenas na superfície da peça ou em toda ela.
A segunda etapa da têmpera é o resfriamento, o qual deve ser brusco, em óleo ou água. A rapidez do resfriamento é importante para impedir que o aço mude para fase diferente daquela que se obteve na temperatura de austenitização (obter estrutura martensítica). Quase sempre, após a têmpera, a peça é submetida ao revenimento.
8º Passo: Revenimento
Revenimento é um processo feito após o endurecimento por têmpera como vimos anteriormente. Peças que sofreram têmpera tendem a ser muito quebradiças. A fragilidade é causada pela presença da martensita. A fragilidade pode ser removida pelo revenimento.
O resultado do revenimento é uma combinação desejável de dureza, ductilidade, tenacidade, resistência e estabilidade estrutural. As propriedades resultantes do revenimento dependem do aço e da temperatura do revenimento.
9º Passo: Jateamento de granalha
Por fim a ferramenta vai para o seu último processo, jateamento de granalha. É um método utilizado para limpar, fortalecer ou polir o metal. É utilizado granalha de aço para realizar a limpeza da superfície do material metalizado.
Podemos ver ao lado o resultado final da ferramenta e podemos concluir o quanto é complexo a fabricação de um soquete de impacto. Por se tratar de uma ferramenta que irá sofrer muitos impactos na sua utilização. Sabemos como é importante seguir todos os processos de forma efetiva e com qualidade. Um processo mal executado ou incompleto, pode trazer falhas estruturais para a ferramenta, podendo levar a quebra do soquete de impacto.
Portanto quando for adquirir um soquete de impacto, certifique-se de comprar com uma empresa que possui experiência no mercado. E sabemos que isso a IFLA possui de sobra, pois são mais de 45 anos fabricando ferramentas de qualidade.