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Ponteiras e bits: Conheça os seus processos de fabricação

Ponteiras e bits: Conheça os seus processos de fabricação

Já vimos anteriormente aqui em nosso blog muitas informações relacionadas às ponteiras e bits. Caso não esteja lembrado, não se preocupe, pois separamos abaixo todos esses conteúdos para você relembrar.

Mas você sabe como as ponteiras e bits são fabricadas e por quais e quantos processos de fabricação essa ferramenta passa?

É isso mesmo, vamos lhe explicar como funcionam todos esses processos de fabricação desde a chegada da sua matéria prima até o momento da sua embalagem na expedição. Estamos acostumados a ver as ponteiras e bits na sua fase final, pronta para utilização no aperto e desaperto de parafusos.

As ponteiras e bits passam por 7 etapas no seu processo de fabricação, porém algumas etapas podem ser mais complexas que outras devido os seguintes fatores:

  • Comprimento da ferramenta;
  • Tipo de encaixe;
  • Diâmetro do material;
  • Tipo de perfil (Phillips, Fenda, Torx, Multidentada e etc.)

Conheça as 7 etapas do processo de fabricação das ponteiras e bits

1ª ETAPA: CORTE E PREPARAÇÃO

Nessa primeira etapa consiste basicamente em cortar e preparar a matéria prima. A matéria prima das ponteiras e bits chegam em barras sextavadas que possuem em torno de 3 metros de comprimento e que podem de ser de ¼”, 5/16” e 7/16”. A máquina que realiza esse processo de corte e preparação se chama torno automático. Nesta etapa a barra sextavada entra na máquina e é realizado 4 alterações iniciais:

  1. Corte no comprimento desejado;
  2. Apontar a peça onde irá receber o tipo de perfil;
  3. Fazer o friso do tipo de encaixe (Tipo E ou Tipo C);
  4. Chanfro da ferramenta.

Todas essas alterações são feitas simultaneamente pelo torno, sendo que essa etapa é a única que é utilizado óleo mineral durante as 4 alterações, com intuito de refrigerar a peça. Outra coisa interessante é a quantidade de peças que esse torno fabrica por hora. Sendo que se pode trabalhar com uma programação de 120 peças por hora e chegar até o máximo de 230 peças por hora. É importante o operador ter muita atenção nessa etapa inicial, pois um mínimo ajuste errado na máquina, pode ocasionar a perda de muitas peças.

2ª ETAPA: FRESAMENTO

Nesta etapa será fresado o perfil da ferramenta, que pode ser: Phillips, Fenda, Hexalobular, Allen, Torq-Set, Tri Wing e Multidentado. Lembrando que a partir dessa etapa, o uso de óleo ou outros tipos de lubrificantes não se fazem necessário.
Obs.: Nessa imagem ao lado foi fresado o perfil Phillips.

ANTES

DEPOIS

3ª ETAPA: TORNEAMENTO

Nessa etapa a ponteira é torneada, conforme podemos perceber na imagem abaixo do antes e depois.

4ª ETAPA: GRAVAÇÃO

Nesse processo da fabricação a ferramenta irá receber a gravação com sua respectiva medida e nome do fabricante (IFLA).

5ª ETAPA: TRATAMENTO TÉRMICO DE TÊMPERA

Após ter passado por 4 etapas, podemos dizer que a ferramenta já está na sua forma final. Tendo seu perfil, tipo de encaixe, torneamento e gravação, porém essa etapa do tratamento térmico de têmpera e as próximas são fundamentais para dar mais durabilidade para a ferramenta.

Como funciona o processo de têmpera?

Têmpera é um processo de tratamento térmico do aço para aumentar a dureza e a resistência. A têmpera tem duas etapas: aquecimento e esfriamento rápido. O aquecimento tem como objetivo obter a organização dos cristais do metal, numa fase chamada austenitização. O esfriamento brusco visa obter a estrutura martensita.

Na têmpera o aquecimento é superior à temperatura crítica, que é de 727ºC. O objetivo é conduzir o aço a uma fase, na qual se obtém o melhor arranjo possível dos cristais do aço, para obter a futura dureza. Depois dessa fase o aço pode ser submetido a outras fases, dependendo das necessidades. Cada aço tem sua composição, a temperatura varia de aço para aço.

A têmpera é obtida em temperaturas diferentes, o que depende da composição do aço da peça e dos seus objetivos. Portanto, a têmpera de uma dada peça leva em consideração muitos fatores.

O próprio tempo de exposição da peça na temperatura de austenitização é considerado quando se faz a sua têmpera. Cada aço tem uma temperatura de austenitização, e que é aquela que proporciona o máximo de dureza. Essa temperatura é obtida dentro de fornos, os quais podem ser por chama ou por indução elétrica. Dependendo das exigências do cliente, a austenitização, e consequentemente a têmpera, vai ocorrer apenas na superfície da peça ou em toda ela.

A segunda etapa da têmpera é o resfriamento, o qual deve ser brusco, em óleo ou água. A rapidez do resfriamento é importante para impedir que o aço mude para fase diferente daquela que se obteve na temperatura de austenitização (obter estrutura martensítica). Quase sempre, após a têmpera, a peça é submetida ao revenimento.

6ª ETAPA: REVENIMENTO

Revenimento é um processo feito após o endurecimento por têmpera como vimos anteriormente. Peças que sofreram têmpera tendem a ser muito quebradiças. A fragilidade é causada pela presença da martensita. A fragilidade pode ser removida pelo revenimento.

O resultado do revenimento é uma combinação desejável de dureza, ductilidade, tenacidade, resistência e estabilidade estrutural. As propriedades resultantes do revenimento dependem do aço e da temperatura do revenimento.

7ª ETAPA: JATEAMENTO DE GRANALHA

Por fim a ferramenta vai para o seu último processo. Jato de granalha é um método utilizado para limpar, fortalecer ou polir o metal. É utilizado granalha de aço para realizar a limpeza da superfície do material metalizado.

RESULTADO FINAL: 

Tendo passado por as 7 etapas, as ponteiras e bits estão prontas para comercialização. As ponteiras e bits podem parecer uma ferramenta muito simples, mas agora sabemos o quanto é complexo a sua fabricação. A IFLA tem mais de 45 anos de experiência na fabricação de ponteiras e bits sempre seguindo o mais alto índice de qualidade. Podemos dizer com autoridade que assim como toda nossa linha de ferramentas, as ponteiras e bits são as mais resistentes e duráveis do mercado.

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